Radar do Ceará

Obras paralisadas no Ceará.

SEGUNDO TCU

Cerca de 717 obras contratadas com recursos federais estão paralisadas no Ceará, representando 50,7% das contratações vigentes no estado. Isso significa que, a cada dois empreendimentos federais, um está interrompido. As áreas de Educação e Saúde concentram 506 dessas paralisações, correspondendo a mais de 70% do total.

No ranking nacional de obras paralisadas, o Ceará ocupa a 6ª posição. O estado do Maranhão lidera, com 1.232 projetos interrompidos. Em todo o Brasil, 11.941 das 22.961 obras contratadas (52%) estão paradas.

Os dados são do Tribunal de Contas da União (TCU), que realizou um diagnóstico em agosto deste ano. O levantamento detalha o volume de obras, valores investidos e previstos, setores impactados e os repassadores dos recursos. Segundo o TCU, “a expressiva quantidade de projetos interrompidos representa desperdício de recursos públicos e compromete diretamente a eficácia das políticas públicas e a capacidade de atendimento às necessidades essenciais da população”.

No Ceará, mais de R$ 629,6 milhões já foram investidos nas obras paradas, cujo custo total estimado ultrapassa R$ 1,4 bilhão. Entre os projetos inacabados estão unidades básicas de saúde, escolas, creches, quadras esportivas, parques e açudes. Fortaleza lidera o número de obras paralisadas no estado, com 31 projetos, seguida por Tauá (23), Juazeiro do Norte (22), Caucaia (20) e Limoeiro do Norte (14).

O TCU atribui o agravamento do cenário à maior precisão dos dados coletados e ao estágio inicial do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação e da Saúde. Para o ministro-relator Vital do Rêgo, a iniciativa visa “fomentar o controle social, estimular o engajamento dos gestores na busca de soluções e assegurar que o cidadão tenha ciência de como [os recursos] estão sendo aplicados”.

Como medida, o TCU recomendou aos ministérios avaliem a adoção das plataformas Transferegov.br e Obrasgov.br para melhorar a gestão dos contratos de obras públicas. (Foto: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Publicação original disponível em: https://www.instagram.com/p/DDXNmRBNrI_/

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