O Estado do Ceará tem tido no governo, ao longo dos últimos dez anos, representantes do PT, o dito Partido dos Trabalhadores que repete, em todas as campanhas eleitorais, aqui e em todo canto, a retórica de que “cuidam de quem mais precisa”. Um discurso de apelo eminentemente eleitoreiro que não se sustenta, por exemplo, ao testemunho de vida das famílias mais carentes do nosso Estado. Muito menos quando olhamos para os indicadores oficiais, números frios e impessoais, que demonstram que a situação das pessoas que convivem com o cenário de vulnerabilidades e necessidades tem piorado aqui no nosso Ceará.
Vamos aos números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão nacional responsável por monitorar indicadores sociais e econômicos em todo o País.
Primeiro, destaco o percentual da população que vive em situação de pobreza, no caso, com uma renda individual de até R$ 664,00 ao mês. Aqui em nosso Estado, 48,7 % de toda a população vive em situação de pobreza, com a renda menor ou igual a esse valor.
Somos assim, o terceiro Estado de todo o País com maior percentual da população vivendo sob essa excruciante realidade social. Das 27 unidades da Federação (26 estados e o Distrito Federal) somente o Maranhão e o Acre tem, proporcionalmente, mais famílias do que o Ceará vivendo em situação tão indigna e injusta.
A segunda dimensão, que guarda relação com a primeira, diz respeito à qualidade de vida das famílias cearenses. Mais especificamente sobre o número de favelas no Ceará. O nosso Estado é o quinto do Brasil em número de famílias vivendo em favelas, esse tipo de aglomerado urbano.
O mais grave é que, aqui no Ceará, o número de favelas triplicou ao longo dos últimos doze anos e as favelas estão presentes atualmente em 30 municípios do Estado. Mais um sinal de empobrecimento e de queda da qualidade de vida da nossa população que se torna ainda mais vulnerável.
A verdade é que esses 10 últimos anos de governo do PT aqui no Ceará não tem conseguido produzir desenvolvimento econômico e muito menos encarar com eficiência os desafios de redução da pobreza, das injustiças e das desigualdades!
Muito pelo contrário, somos um estado cada vez mais dependente de políticas de transferência de renda.
Somos um estado sem um verdadeiro projeto econômico que possa gerar novas oportunidades de emprego e renda à população mais vulnerável.
O PT segue com o velho e mofado discurso que, cada vez menos, consegue a aderência da nossa população trabalhadora e tenta manter a mística do “compromisso social” por meio de campanhas publicitárias, mas sendo, na verdade, insensível e incapaz de mudar concretamente a realidade social de quem precisa, quer e tem o direito de manter a esperança de realizar novos sonhos para si e para a sua família!